terça-feira, 16 de novembro de 2010

Attraversiamo


Até agora, no entanto, o que mais gosto de dizer em italiano é uma palavra simples, comum: Attraversiamo.

Quer dizer: “Vamos atravessar.” Os amigos dizem isso uns para os outros sem parar quando estão andando pela calçada e decidem que chegou a hora de passar para o outro lado da rua. Ou seja, é literalmente uma palavra pedestre. Ela não tem nada de mais. Mesmo assim, por algum motivo, causa-me um efeito poderoso. Na primeira vez em que Giovanni me disse isso, estávamos caminhando perto do Coliseu.

De repente, eu o ouvi dizer essa palavra linda e parei, perguntando:

- O que isso quer dizer? O que você acabou de falar?
- Attraversiamo.

Ele não conseguia entender por que eu gostava tanto dessa palavra. Vamos atravessar a rua? Mas, aos meu ouvidos, essa é a perfeita combinação de sonoridades italianas. O a aberto e promissor da primeira sílada, o r enrolado, o s tranqüilizador e a interminável combinação “ii-aaaa-mo” no final. Adoro essa palavra. Agora a digo o tempo inteiro. Invento qualquer desculpa para dizê-la. Isso está deixando Sofie maluca. Vamos
atravessar! Vamos atravessar! Estou sempre puxando-a de um lado para o outro em meio ao tráfego romano enlouquecido. Vou acabar matando nós duas com essa palavra.

Elizabeth Gilbert (Comer, Rezar, Amar)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Crítica: Resident Evil - Recomeço

Dos games para os cinemas, Resident Evil conquistou uma legião de fãs fervorosos pelo mundo. Além de ser protagonizado pela sexy Milla Jovovich que se consagrou como heroína de filmes de ação, os filmes possuem cenas de ação eletrizantes, muito sangue e zumbis.
Após três filmes de sucesso considerável, a franquia agora retorna aos cinemas em 3D com Resident Evil: Recomeço.
Nessa continuação Alice, inimiga número um da Umbrella Corporation, continua sua saga em busca de sobreviventes do vírus. Ela reecontra uma antiga amiga e juntas procuram um lugar seguro para sobreviver aos ataques dos infectados. A bordo de um avião, eles pousam em Los Angeles numa devastada construção onde ainda restam alguns sobreviventes. Se aliadando a eles, Alice terá que encontrar uma maneira de sair do lugar com todos a salvo antes do local ser invadido pelos zumbis.
O filme possui aquele ritmo frenético do terceiro (Apocalipse). São jogos de câmera rápidos, ação desenfreada, saltos mortais exagerados e tiro para todo o lado. A cena de ação inicial é agil e bem feita, mas infelizmente não mantém o mesmo nível durante o filme. O 3D é muito bem empregado, mas nada do que não já vimos antes. Merece destaque a belíssima luta de Claire e a criatura com machado num banheiro. Os efeitos de água e técnica de câmera utlizada são belíssimos. No mais, as cenas não empolgam em nenhum momento.
Temos figuras dos filmes anteriores como Claire Redfield e a entrada de outros nomes como Wenthworth Miller da série Prison Break.Mesmo tendo rostos bonitos e nomes badalados o elenco é uma decepção. Todas as falas soam forçadas, artificiais e rasas e todos parecem estar no piloto automático o tempo inteiro. Milla Jovovich insiste nas caras e bocas e em um tom de voz estranho que em certos momentos a torna canastrona demais. O suposto vilão do filme é vergonhoso, um papel bobo e patético. Wentworth Miller e Ali Larter ficam presos a papéis frouxos com diálogos risíveis e cenas que quase sempre os deixam a sombra de Milla.
Mas sem dúvida o ponto mais negativo de 'Recomeço' está em seu roteiro. Possui uma história tão cretina que fica dificil se entregar ao filme. O roteirista e também diretor Paul W. S. Anderson traz uma história enfadonha que vai do nada a lugar nenhum. Durante todo o filme a trupe de sobrevientes fica tentando encontrar saídas e lutando contra infectados sem motivo algum. O desenvolvimento é péssimo chegando ao ponto de se perguntar o motivo de tudo aquilo existir.
Falando em Paul W. S. Anderson a direção do filme não chega a ser um problema, mas é afobada o suficiente para insistindo em movimentos bruscos e closes que estragam a apreciação das cenas de ação.
Resident Evil: Recomeço é o mais do mesmo. Boas cenas de ação, história sem nexo e personagens mal desenvolvidos. Vale por uma cena ou outra, mas nada que salva o filme de sua canastrice. O quinto filme já foi anunciado. E depois desse daqui, dá até medo do que está por vir.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Crítica: Sex and the City 2


Mulheres ricas. Bonitas. Glamour. Luxo. Nova York. Roupas deslumbrantes. Sexo.
Esses ingredientes são a formula de sucesso da badalada franquia Sex and the City.
Após quatro bem sucedidas temporadas na televisão, a série continuou eternizada na cabeça do público e como conseqüência desse sucesso apostaram em expandir o nome para as telonas. A transição televisão-cinema foi correta. Trouxe um filme com ritmo bem semelhante ao dos episódios, manteve os dilemas e o humor do seriado e uma história funcional. Como resultado, ótima bilheteria e uma continuação.

Realmente merecia uma continuação. A química das quatro amigas é genial e poderia se explorar um pouco mais de suas vidas..
Mas o que dizer de Sex and the City 2??
São cerca de duas horas e meia de enrolação, de história sem nexo e situações absurdas.
A primeia hora retrata um casamento gay e a vida de mordomia de Carrie, seus conflitos de felicidade e a dúvida de Charlotte sobre a fidelidade do marido e seu estresse com os filhos.
O restante se passa em Abu Dabi, numa milagrosa viagem que Samantha consegue para as quatro amigas se hospedarem em um dos hotéis mais luxuosos no mundo.
O filme se define em uma palavra: constrangedor.
São piadas batidas, nem necessidade e as vezes agressivas. Carrie tem a vida que toda mulher gostaria de ter e reclama de tudo. A história não empolga em nenhum momento e o filme só insiste em mostrar as quatro em grandes carros e lugares e figurinos exagerados. Por falar em figurinos, Sarah Jéssica Parker deve entrar para a história do cinema pelo figurino mais pavoroso já visto, na cena em que ela vai fazer compras na feira da cidade.

O que merece destaque é o humor sem igual de Samantha, com suas tiradas divertidas que quebram o tédio do filme e logicamente a performance de Single Ladies feita por Liza Minelli. Impagável.

De resto é um desperdício. De dinheiro, de elenco, de tempo. Tinha um potencial enorme para se fazer um grande filme ou no mínimo manter o bom nível do primeiro. Mas aqui o resultado é deprimente.
O filme termina sem começar. Uma pena.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Os Astros que fizeram sucesso com Papéis Recusados

Um simples ''NÃO'' pode significar muito no mundo do cinema. Além de cifrões a menos nas contas bancárias, recusar um projeto tira a chance de faturar importantes prêmios além do reconhecimento mundial.
Confira agora algumas celebridades que lucraram e tiveram muito sucesso com papéis recusados por outros atores:






>>> Sandra Bullock, Um Sonho Possível
O projeto foi oferecido para Julia Roberts e logo recusado. Sandra Bullock foi a segunda escolha dos produtores e pelo filme faturou o seu primeiro Oscar de Melhor Atriz.


>>> Rusell Crowe, Gladiador
O filme que rendeu o Oscar de Melhor Ator para Rusell Crowe seria, até então, protagonizado por Mel Gibson que recusou a personagem.


>>> Keanu Reeves, Matrix
Alguém consegue imaginar o filme Matrix sem o astro Keanu Reeves? O papel de Neo era para ser de Will Smith que não aceitou entrar no projeto.


>>> Mia Wasikowska, Alice no País das Maravilhas
Anne Hathaway recusou viver a heroína de Alice no País das Maravilhas alegando estar cansada de viver personagens boazinhas no cinema. Assim, Mia Wasikowska ficou com Alice e Anne viveu a Rainha Branca no mesmo filme.


>>> Al Pacino, O Poderoso Chefão
O papel de Michael Corleone foi negado por Jack Nicholson, no auge de sua carreira, alegando não ter se identificado com a personagem. O papel então foi para nas mãos de Al Pacino, tornando-se um marco na história do cinema mundial.


>>> Tom Hanks, Forrest Gump
O filme se tornou referência e alavancou a carreira de Tom Hanks. O papel poderia ser de John Travolta, que recusou.


>>> Tobey Maguire, Franquia Homem Aranha
Freddie Prinze Jr. já ensaiava para viver Peter Parker nas telonas quando Sam Raimi e os produtores do filme escalaram Tobey Maguire para estrelar o projeto. Motivo de troca desconhecido até então. O fato é que Maguire se tornou mundialmente conhecido pela franquia milionária.
>>> Sam Worthington, Avatar
O papel de estrela deste projeto revolucionário foi recusado por Matt Damon, que deu a chance para Sam Worthington viver o protagonista do filme mais lucrativo da história.


>>> Angelina Jolie, Salt
O papel de espião da CIA foi escrito especialmente para Tom Cruise que negou o projeto alegando semelhanças com sua franquia Missão Impossível. Foram escalados então Brad Pitt e Robert Downey Jr, que também recusaram. O roteiro então teve de ser refeito para o papel de adaptar a uma mulher, no caso Angelina Jolie, que aceitou protagonizar o longa.


>>> Ian Mckellen, Trilogia O Senhor dos Anéis
O papel de Gandalf, da trilogia fenômeno da literatura, foi recusado por Sean Connery que não acreditava no potencial do projeto. O papel foi parar nas mãos de Ian Mckellen e o filme arrecadou mais de $3 bilhões pelo mundo.




>>> Julia Roberts, Uma Linda Mulher
Daryl Hannah negou o papel por achar que interpretar uma prostituta poderia ser ruim para sua carreira. O papel então foi aceito por Julia Roberts, no filme que marcou sua vida e fez sua carreira deslanchar.


>>> Sharon Stone, Instinto Selvagem
Duas grandes atrizes recusaram viver um dos papéis mais ousados do cinema, Julia Roberts e Meg Ryan. Sharon Stone aceitou o desafio, protagonizando uma das cenas mais comentadas do cinema.


>>> Hillary Swank, Menina de Ouro
O papel da lutora foi oferido a Sandra Bullock e negado. Ficou com Hillary Swank, que faturou com a personagem o segundo Oscar de sua carreira.


>>> Laurence Fishburne, Matrix
O papel de Morpheus seria de Sean Connery, que recusou por não ter entendido o roteiro. Laurence Fishburne foi o escolhido no papel referência de sua carreira.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Top 10: Os maiores fracassos de Hollywood nos últimos 5 anos


Não adianta ter bons e conhecidos atores e diretores e nem uma história boa para ser contada. Quando um filme não cai no gosto do público e quando não existe o famoso ''boca a boca'' a má bilheteria é certeira.

Confira agora as dez piores bilheterias de filmes de Hollywood dos últimos 5 anos. Filmes que não conseguiram se pagar e que tiveram uma rápida passada pelas telonas.



Custo: US$ 55 milhões
Arrecadação: US$ 9 milhões



Custo: US$ 40 milhões
Arrecadação: US$ 10 milhões



Custo: US$ 30 milhões
Arrecadação: US$ 8 milhões



Custo: US$ 67 milhões
Arrecadação: US$ 25 milhões



Custo: US$ 55 milhões
Arrecadação: US$ 23 milhões



Custo: US$ 35 milhões
Arrecadação: US$ 16 milhões



Custo: US$ 80 milhões
Arrecadação: US$ 40 milhões



Custo: US$ 30 milhões
Arrecadação: US$ 15 milhões



Custo: US$ 35 milhões
Arrecadação: US$ 21 milhões



Custo: US$ 62 milhões
Arrecadação: US$ 41 milhões

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Trailer: Em Qualquer Lugar


Sofia Coppola é uma diretora com uma característica peculiar: adora fazer filmes sutis, com musicas marcantes e focar o lado mais dramático do ser humano. Foi assim com Virgens Suicidas e Encontros e Desencontros.
Assistir um filme de Sofia é uma tarefa delicada, você tem que estar disposto e entrar no clima do filme. São daquele tipo que deixa você pensando quando acabam. O final de Encontros e Desencontros é memorável.
Ainda não assisti Maria Antonieta para saber se a diretora continuou assim.

Agora, a filha de Francis Ford Coppola lança seu quarto filme, Em Qualquer Lugar (Somewhere), que acaba de ganhar o Leão de Ouro em Veneza.
Somewhere é sobre a vida de Johnny Marco (Stephen Dorff) é um ator "bad boy" que vive no Chateau Marmonts, lendário hotel de Hollywood conhecido por ser frequentado por celebridades, mas é obrigado a reavaliar sua vida de excessos quando recebe a visita inesperada de Cleo (Elle Fanning, irmã de Dakota), sua filha de 11 anos. O elenco ainda conta com Benicio Del Toro, Michelle Monaghan, Chris Pontius e Laura Ramsey.

Pelo sensível trailer dá para ver que o filme segue bem o estilo de Encontros e Desencontros. Então tem que ser visto num dia certo, onde se está disposto a entrar no mundo de Sofia. Todo o filme deverá ter a mesma atmosfera do trailer, quase duas horas falando sobre o ser humano e seus sentimentos mais íntimos.
De quebra o trailer nos traz The Strokes com I´ll try anything once.

Estréia dia 22 de dezembro nos States.




Update (25/09): O filme estará em exibição no Festival do Rio.
Confira as datas e locais:

01/10 - Odeon Petrobras, 23h59
Pça. Floriano, 7, Cinelândia. Tel. (21) 2240 1093.

02/10 - Estação Barra Point, 19h50
Shopping Barra Point: av. Armando Lombardi, 350, 3º andar, Barra da Tijuca. Tel. (21) 3419 7431.

03/10: Estação Botafogo, 12h e 18h
Rua Voluntários da Pátria, 88, Botafogo. Tel. (21) 2226 1988.

04/10 - Estação Vivo Gávea, 13h10 e 19h40
Shopping da Gávea: r. Marquês de São Vicente, 52, 4º andar, Gávea. Tel. (21) 3875 3011.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Especial: Burlesque


Os filmes musicais estão com tudo. Desde Moulin Rouge, um marco na retomada dos grandiosos musicais, cada ano que se passa os estúdios apostam em um novo filme do gênero. E este ano promete ter um representante de peso. Trata-se de ''Burlesque'', que marca a estréia da cantora Christina Aguilera nos cinemas e o grande retorno da diva Cher, longe das telonas desde 2003. O filme é centrado na vida de uma jovem (vivida por Aguilera) que quer se livrar de seu passado vazio e tedioso decidindo realizar performances numa moderna e exótica boate burlesca em Los Angeles. A dona da boate (interpretada por Cher) dá uma chance para a garota entrar neste mundo. Mundo no qual a jovem descubrirá ser cheio de sedução, glamour, paixão e competição. A atriz Kristen Bell (da série Veronica Mars) viverá a grande rival de Aguilera na trama. O elenco ainda conta com Stanley Tucci, Peter Gallagher (da série The O.C.), Eric Dane (da série Grey's Anatomy) e Cam Gigandet (que também participou do filme Crepúsculo).

Um show burlesco na verdade é uma apresentação de strip-tease feita por pin ups. A diferença do strep-tease comum é que no burlesco não se tira toda a roupa, tudo é muito mais insinuado de forma delicada e a apresentação é feita de acordo com os anos 30. O show é sensual e feminino, foge da vulgaridade e do erotismo, tudo feito de forma natural provando que uma mulher pode ser sexy sem ser vulgar. Além da dança, outro ponto forte do show burlesco são as roupas. Muitas jóias, espartilhos, lingerie, plumas, paêtes e sapatos altos. Uma das maiores representantes do burlesco na atualidade é sem dúvida Dita Von Teese.

Burlesque promete números musicais luxuosos e sensuais. No total, estão confirmados 12 números de dança e música. Cher confirmou que estará em duas apresentações, sendo uma delas a de abertura. O estúdio liberou um vídeo de uma cena de Christina cantando 'Somethings got a hand on me' de Etta James.



A direção é de Gore Verbinski (série Piratas do Caribe) e o roteiro assinado por Steve Antin.
O filme com certeza terá um trabalho primoroso de cenários e fotografia.Outro grande destaque serão os figurinos, que pelas fotos divulgadas já vem chamando a atenção. Aguilera usará um espartilho totalmente de pérolas em uma das cenas. E nas apresentações muitas plumagens, cores fortes e brilho.

Aguilera com espartilho todo de pérolas em uma das cenas

Certamente Burlesque deverá ter grandes indicações técnicas nas principais premiações (inclusive no Oscar) e o estúdio deverá fazer uma boa campanha para colocar algumas de suas atrizes no páreo (a maior aposta deve ser Cher na categoria coadjuvante).
Pelo trailer teremos um filme divertido, agitado, sensual e chamoso. Tudo o que um bom show burlesco que se preze, deve ter.



O filme estréia em novembro nos EUA e em janeiro no Brasil.