Jenny Cooper acaba de se separar do marido. Abandona o emprego de anos como advogada e se torna viciada em antidepressivos. Com toda essa vida conturbada ela resolve recomeçar a vida em uma nova casa e com um novo emprego de investigadora forense.
Assim que ela assume o cargo, ela se depara com a morte de adolescentes em centro de detenção juvenis, que mesmo não tendo nada em comum, despertam certas desconfianças. Junto com isso mescla a morte de seu antecessor que se torna outro fato estranho, obrigando-a a investigar a fundo essas histórias.
Atestado de Óbito (Editora Record, 476 págs.) é o romance de estréia do galês M. R. Hall. Grande estréia por sinal.
A começar pela protagonista da história, Jenny Cooper, uma personagem rebelde, arisca, impaciente, mandona e impulsiva que eleva e muito as qualidades do livro. Hall nos entrega uma anti-heroína marcante e que com o decorrer da leitura nos cativa.
A trama central de investigações é interessante e se desenvolve de maneira tradicional e satisfatória. Interrogatórios, autópsias e julgamentos todos bem descritos, cheios de detalhes e diálogos que funcionam.
Paralelo a isso, toda vida pessoal de Jenny também também vai se modificando. As discussões com o ex-marido, as conversas temperamentais com o filho, as consultas ao psicólogo, seus dilemas, as dicussões com colegas de profissão e até um certo interesse amoroso, trazem ao livro uma carga dramática gratificante.
Atestado de óbito consegue mesclar bem o clima investigativo e os frequentes dramas da protagonista. Tudo acontece de forma natural e a cada novo capítulo vamos torcendo para Jenny e queremos saber até onde tudo se encaixa nos casos das mortes.
Uma leitura gostosa e recomendada para os fãs de livros de suspense investigativo.
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