segunda-feira, 12 de julho de 2010

Crítica: Exam


Filmes em locais fechados, várias pessoas reunidas, situações desesperadoras e que testam o nervosismo da platéia é algo sempre chamativo e resultado de sucesso quando bem utilizada.
O mais recente do gênero é Exam, filme que andam chamando de uma mistura da série Jogos Mortais, da trilogia Cubo com um pouco do reality O Aprendiz.

Exam é sobre oito canditados que disputam uma vaga numa empresa. No inicio somos apresentados a cada um, mostrando-os se preparando para a prova. Vemos que cada um tem seu estilo, suas manias e suas necessidades.
Logo depois os canditados chegam a sala do estágio final de seleção. Oito cadeiras, oito mesas com um papel e lápis em cada uma. Os candidatos se sentam e um coordenador dita as regras que são bem simples. Eles tem 80 minutos para responderem a uma única pergunta. Assim que a contagem começa, os candidatos viram a folha para verem a pergunta e para surpresa de todos, não tem nenhuma. Nesse tempo, antes da resposta, eles precisam achar a pergunta.
Então começa um jogo de desespero e probabilidades. Os candidatos se unem, mas não sabem até em que ponto confiar um no outro, já que naquela sala todos competem por uma única vaga.

O filme prende nossa atenção e nos faz pensar juntos com os candidatos em maneiras e teorias para saber como achar a tal pergunta. São situações dinâmicas, bem boladas e até mesmo curiosas.
Toda a ação se passa na sala do teste e a produção consegue utilizar bem disso, resultando clima sufocante e claustrofóbico, dando mais nervosismo e realismo nas cenas.
O longa realmente possui algumas semelhanças com a trilogia Cubo e a mesma atmosfera de Jogos Mortais (nada das armadilhas e do gore). Não espere por cenas aterrorizantes e sangrentas pois Exam pende mais para o drama e o psicológico de cada personagem.
Um ponto interessante é que os 80 minutos vão diminuindo em tempo real para nós, assim, em cada nova tentativa dos candidatos, vamos ficando mais angustiados junto com eles.

Tem várias sacadas interessantes, algumas outras que não surtem tanto efeito e coisas que podem ser pegas logo de cara por alguns. Com uma trilha sonora praticamente inexistente, o filme é bem filmado e com diálogos simplórios, mas que não chegam a soar artificiais em nenhum momento. Praticamente com um elenco desconhecido, o diretor Stuart Hazeldine extrai atuações medianas com poucos destaques.

Na parte final começa o momento de revelações e surpresas. A maioria das coisas funcionam, mas possui muitas explicações mastigadas e desnecessárias, fazendo tudo resultar em algo apenas satisfatório com aquele gosto de mais do mesmo.
Com um clima bacana e situações bem amarradas, no final das contas Exam é um bom filme, bem realizado e com bom andamento, mas desprovido de novidades.

Para os fãs do estilo é uma bom passatempo. Mas não crie grandes expectativas.






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